Espelhos
Uma imagem seca, morta de movimento
Suspeitam problemas estruturais
Que neste espelho sujo e sedento.
Se indagam, nós, pobres mortais.
Neste interrogatório se queixam
Certos sorrisos falsos que já não agüentam mais
Esperar para virar gritos que ensejam
Certos beijos não dados em tempos para trás
Negam a existência do corpo e da mente
Certos espelhos que cortam a velha semente,
Da qual brotam as expressões faciais
Concordam com eles certa ruga de testa atenta
Que de uma ordem austera o tempo alimenta
Secando a alegria dos passeios matinais
Marcos Carneiro
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