Fiz marulhos em teus ouvidos,
escalei a montanha de sua costa.
Andei descalço no teu sinismo,
e pegadas deixei no abismo,
da alva cova que no sol, tosta.

Destingui homem de mulher,
faço denovo se quizer.
Apedrejei o romantismo,
fiz frente ao realismo, de machado,
de martelo,
de bigorna.

Fiz planos de onde estou,
conquistar o mundo que ainda resta,
dentro de sua testa,
acima de seu pescoço,
aquela festa.
Teci, tocindo, tecido de pano alheio
para tu vestir, e ter
aquilo que calor desperta, mas
o fria ainda não amedronta.

Fiz pão da sua coxa, fiz colcha desses retalhos.
Trilhei caminho da roça,
de praça fizemos lar,
lá e cá.
Marcos Carneiro

4 comentários:

  1. Pra ficar melhor era só ter métrica. Mas está muito bom pro amor realizado.

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  2. Muito bom, bem escrito e bem criativo. Parabéns pelo blog e os belos textos!!!

    http://meucaoaochupamanga.blogspot.com

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  3. hmm mt bom ^^
    curtí .. parabens.! ;)

    visite:
    http://amyfeelings.blogspot.com/

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  4. "fiz frente ao realismo, de machado,
    de martelo,
    de bigorna.

    Adorei a expressão ultilizada...^~

    Flaemmchen

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