Me recuso a acreditar no que não existe.
E correr nessas idas e voltas
como em uma esteira ergométrica.
Se acredito, é porque fio de verdade se tem por aí.
E recusando, quantos caminhos deixei de seguir?
Ando como se fosse em marcapasso. Talvez enfalço é o andado, mas sei onde eu erro, onde o tropeço é dado. Sei onde quiz errar apenas por capricho.
Sei onde me arrependo, e quando não tem mais volta.
Se pareço um ramo de galhos soltos, pode ter certeza
que hão de ser mudas para uma grande floresta.
As vezes um erro no tempo certo é melhor que o acerto intempestivo.
Por que um dos elementos que primeiro o tempo há de
legitimar, são os elementos da oportunidade.
Não vejo comodidade no casamento com o mundo, e
o cerne de toda essa nossa vivência um dia se rebela, deixa
derramar o âmbar da alma nas ruas.
E aceita o álcool entrar pelos nosso poros, aceita
o ato libidinoso, aceita a imoralidade,
e fazer da saliva colóidal, o único documento de indigentes,
como nós.
Há de se ter coesão em tudo isto.
Marcos Carneiro
Eis aí! É disto que eu estou falando. É este tipo de produção que nossa literatura precisa e que irá engrandecê-la. Algo político sem ser partidário. Algo filosófico sem ser moralista. Algo crítico sem ser otimista ou pessimista. Algo que induz a reflexão sobre a condição humana. Parabéns!
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