"Hoje não é um dia qualquer. Aliás, é único. Apesar de não ser diferente de ontem.
O presente é algo de existência frágil, digo. O futuro não. Ele é cogitado e falado.
Faz-se suposições. Enquanto isso, o presente rola e desagua sobre o rio do tempo.
Se um rio não é o mesmo porque nele passa diferentes águas todo segundo, o tempo também
o é, já que os minutos não são os mesmos. O que somos então?
Meros peixes observando tudo isto passar."

Marcos Carneiro, fazendo alegorias de rio-tempo, assim como o Cabral de Melo Neto.

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