Um tropeço
Caminhando na senda da vida,
O poeta encontrou uma esquina;
E tendo de escolher qual será a partida,
Partiu na calçada da pedra mais finda.
Tropeçando numa das lindas pedras,
Caiu no colo da branca moça esbelta
A qual, sentido calor em suas pernas
Queria um abano em suas cerdas.
Depois de muito abano do homem cortêz,
A moça só, grata convidou pra um café
O moço, já branco de palidêz,
Aceitou, em tremor da cabeça ao pé .
Uma, duas, três, quatro horas na salinha,
Vizinhos murmuravam em seus portões:
O moço deve morrer naquela casinha !
Embebedado de café ou de molhadas emoções.
Marcos Carneiro
Gostei dessa "promiscuidade contida" [sic].
ResponderExcluirBoa poesia, meu caro.
Perfeito, perfeito.
ResponderExcluirUau, qui lindo!
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